sábado, 16 de abril de 2011

Os outros dizem...

Dizem que facilmente me apaixono. E estou há anos sem me apaixonar decentemente. Sim, claro. Interesso-me por alguém, sou capaz de ver algum futuro com alguém, mas as coisas acabam antes de começarem.
Dizem que tenho tudo para ser feliz. Então aquelas lágrimas que teimam em cair não deviam acontecer. De alguém que se foi, de alguém que me traiu...
Dizem que tive tudo facilitado na minha vida. Mas ninguém imagina o quanto trabalhei e sacrifiquei para estar aqui...
Ninguém sabe de mim, a não ser eu mesma. Logo tudo o que dizem, tudo o que fazem pouco ou nada de importa.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Calmantes


Odeio quando me pedem calmantes. Por dois motivos:
1º, lá por estar em psicologia não quer dizer que tenha calmantes sempre à mão de semear.
2º, Nada se resolve com estes comprimidos. Muitas vezes para ultrapassar um problema precisamos de sentir a dor e chorar. Contudo vivemos numa sociedade que quer banir estas coisas. Querem viver sem sentir dor e sem ter grandes dificuldades.
Suponho que como futura psicóloga devia estar contente com este facto: é uma das principais causas dos problemas e doenças psicológicos.
Mas desculpem lá discordar. Uma pessoa que vive sob os efeitos de calmantes não vive realmente a sua vida e tudo o que ela realmente é: amor, dor, entusiasmo, raiva, alegria, ódio, adrenalina, medo. Não, limitam-se a viver uma vida "sem problemas", a viver passivamente uma vida sem sabor.
Por isso, não, não tenho calmantes. E provavelmente so aconselharei em casos muitos extremos o uso destes.

domingo, 10 de abril de 2011

Encontro de discussões com um sexológico


Vai uma pessoa a um encontro de discussões com um sexológico, em vez de falarem de sexo, falaram de relações. Em vez de verem como será a próxima maneira como vão pinar, estão a rever os erros que fizeram na relação anterior, o que esperam fazer na próxima. Em vez de saírem excitados, saem deprimidos e/ou pensativos com a vida.
Conclusão: foi muito mais produtiva do que estava à espera.

sábado, 9 de abril de 2011

Relembrar-te

Deito-me, cansada... Perdida entre os meus pensamentos. O meu corpo parado em cima dos lençóis estremece. Sente saudades tuas...
Relembro cada passo que de-mos, naquela noite em que fomos a baixa.
Como controlado eras perante as pessoas, e como o fogo te pegava em todos os pequenos momentos que estávamos sozinhos.As tímidas mãos por debaixo da mesa, que mal encontravam o corpo no outro agarravam-o com toda a força deste mundo.
Como foi que em tão pouco tempo, tu conseguiste alterar o corpo, a essência, a necessidade. Desejo-te quase como desejo agua. Sem água não sobrevivo, sem ti, dou em maluca.
Agora, perdi-te por estupidez, por inexperiência minha, num adeus nunca dito por nós.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aceitar-me como sou

Suponho que me apego a poucas pessoas e quando o faço, estou sempre de pé atrás. Nunca pensei que quisesse tanto ser livre, sem restringentes e limites...
Tenho de me aceitar como sou, com o bom e mau que isto implica.

Desculpa maluca, por ser assim...

sábado, 2 de abril de 2011

Descobrir o eu.

Arrasto as sombras atrás de mim, como uma maldição, que me persegue para onde for. Persigo-me para onde for. Não consigo separar-me de mim mesma para então descobrir as verdadeiras sombras do eu...

Welcome...